Também conhecidos como enxaguatórios ou colutórios, eles estão presentes no mercado em diversas formulações, contendo agentes antimicrobianos que combatem a cárie, a placa bacteriana, a gengivite e o mau hálito de origem bucal. 

Apesar de serem vendidos livremente, sem a necessidade de prescrição, a utilização dos enxaguantes bucais devem, sim, ser feita com base na recomendação do dentista. Veja abaixo as principais dúvidas que rondam o uso destes produtos.

Quem pode usar?
O enxaguante bucal pode ser utilizado como método complementar à higienização mecânica, isto é, aquela feita com a escova e o fio dental, por indivíduos com risco de cárie, gengivite e halitose de origem bucal, bem como após cirurgias.

Eles não substituem a escova, a pasta, o fio dental e os higienizadores de língua. Só são recomendados a partir dos 6 anos de idade, fase em que a criança já aprende a bochechar sem engolir a solução. Devem ser indicados pelo dentista.

A frequência de utilização dos enxaguantes bucais varia de acordo com a formulação do produto e a indicação do dentista — ele é a melhor pessoa para dizer a quantidade a ser usada e os dias e horários em que isso deve ser feito.

Quais as opções disponíveis no mercado?
Basicamente existem dois tipos de enxaguantes bucais: os cosméticos e os terapêuticos. Os primeiros são aqueles que reduzem ou acabam temporariamente com o mau hálito, deixando na boca um sabor agradável e a sensação de frescor. Os terapêuticos contêm agentes específicos para combater cárie, placa bacteriana e gengivite.

Com álcool: o componente é utilizado para conservar e diluir os princípios ativos presentes nesses produtos. Esta opção deve ser evitada, ficando o uso restrito à prescrição e supervisão de um profissional qualificado. Isso porque a utilização contínua pode provocar o ressecamento da mucosa bucal, descamação dos tecidos moles da boca e inibição das glândulas salivares, o que resulta na diminuição da produção de saliva.

Sem álcool: estes enxaguantes se valem de água deionizada como diluente, sendo mais adequados para o uso no dia a dia.

Com flúor: os enxaguantes fluoretados são recomendados para pessoas com alto risco de cárie, pois interferem no metabolismo dos micro-organismos da placa dental (ou biofilme) e atuam na remineralização do esmalte do dente. Podem ser utilizados diária ou semanalmente dependendo da concentração de flúor. Devem ser evitados por crianças que não conseguem cuspir o produto, já que o excesso de flúor pode gerar problemas.

Com clorexidina: há no mercado vários agentes terapêuticos com a substância. O digluconato de clorexidina a 0,12% é atualmente a versão mais usada para evitar a formação do biofilme dental e o desenvolvimento da gengivite. Enxaguantes com clorexidina também são indicados no período pós-cirúrgico e para a desinfecção das escovas dentais. Entretanto, o uso contínuo pode provocar o manchamento do esmalte dentário, pigmentação de restaurações estéticas e alteração no paladar.

Com produtos naturais: todos os enxaguantes bucais comercializados, com agentes antimicrobianos, com ou sem flúor ou com ou sem álcool podem ter efeitos colaterais. Assim, os enxaguantes à base de plantas são uma tendência na procura de alternativas naturais para o controle das bactérias que se alojam nos dentes. Porém, esses produtos também demandam a opinião e prescrição do dentista.

Enxaguantes acabam com o mau hálito?
Eles até atenuam a halitose de forma momentânea, porém não tratam a causa do problema. Quem sofre com a condição deve procurar um dentista para identificar e tratar a origem do mau hálito. Do contrário, o enxaguante só irá mascará-lo por um tempo.

Quando ele é contra-indicado?
A utilização do enxaguante bucal não é indicada, como dissemos, a crianças com menos de 6 anos ou que não saibam cuspir o produto. Além disso, as versões com álcool devem ser evitadas por idosos, gestantes, dependentes químicos e pacientes em quimioterapia e radioterapia.

O uso frequente pode causar câncer?
De acordo com a American Dental Association, o uso contínuo de enxaguantes bucais com mais de 25% de álcool em sua formulação pode aumentar o risco de câncer de boca e faringe. Embora sejam necessários mais estudos para embasar essa afirmação, já existem também evidências de que a utilização constante gere outros efeitos adversos, incluindo maior probabilidade de desenvolver xerostomia (boca seca) e irritação da mucosa bucal. Esses riscos, vale ressaltar, estão todos associados a enxaguatórios com álcool na formulação.

Posso diluir o produto?
Isso só deve ser feito se a bula do enxaguante indicar. A diluição reduz a concentração do princípio ativo, o que pode fazer com que ele perca a eficácia caso seja desenhado para ser utilizado puro.

Enxaguante pode ocasionalmente substituir a escovação?
Não. Somente a higienização mecânica com a escova e o fio dental é capaz de remover efetivamente o biofilme dental (popularmente conhecido como placa bacteriana). Excepcionalmente, em casos de impossibilidade de realizar a escovação (por inaptidão motora, deficiência física ou mental ou em estágios pós-cirúrgicos), o enxaguante serve de método alternativo para fazer o controle das bactérias da boca.

Podem ser utilizados antes ou depois da escovação?
Os enxaguantes podem ser utilizados antes da escovação, quando contêm componentes que atuam desorganizando a placa dental, o tal do biofilme, facilitando a sua remoção pela ação da escova e do creme dental. Ou podem ser empregados após a higienização bucal, quando contêm fluoretos e outros agentes terapêuticos. Nesse caso, o ideal é que sejam usados à noite, antes de dormir, pois a salivação diminui nesse período e assim o produto permanece nos dentes por mais tempo.

Fonte: CROSP-Clipping

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